Quem sou eu ?
O meu percurso de vida, quem sou eu, quantas pessoas haverá no mundo como eu?
Vocês sabem que posso ver nas estatísticas os posts que são mais bem recebidos. Mas também sei que o blog sendo o meu meio de comunicação convosco e com o mundo, partilhando as minhas ideias e assimilando outras que me interessam, é na verdade, a minha visão e o que mostro do que mais me interessa.
Quem segue o blog e este momento são 114 seguidores, sabem que este blog, foi criado, a par de outros que tive, noutras plataformas como a do Sapo, e que entretanto fechei, porque na altura fiquei sem trabalho e numa depressão profunda.
À parte o meu companheiro de vida (fará em 31 deste mês 43 anos que estamos casados, e em 25 de Setembro 44 anos que estamos juntos), ninguém na minha família me ajudou a suplantar o trauma que é ficar sem trabalho.
Fiquei muito doente, especialmente da alma...ao fim de quase 34 anos de trabalho, com alguns intervalos, e de ter trabalhado e criado cinco filhos, sempre a trabalhar e ajudando com o meu esforço, dentro e fora de casa, à economia da família, foi precisamente com a ajuda do meu marido e deste e de outros blogs, como referi, que me trouxeram de volta à vida, ao ânimo e vontade de fazer coisas.
Volvidos mais de seis anos desta situação, de altos e baixos, de vontade de virar o mundo do avesso e de outras em que não me apetece sequer sair do meu pijama e numa fossa tremenda, lá estou a pouco e pouco, saindo da toca, nome que dei à fossa onde caí por tristeza e desespero, a maldita depressão.
Na verdade, eu nunca fui triste, mas sempre fui melancólica. Percebem a diferença??
Mas depressão é algo mais, bem mais profundo, que deixa feridas profundas e nunca mais voltamos a ser iguais. A vida falhou-me em muitas ocasiões. dizem que coloquei a fasquia muito alta, e o salto umas vezes foi conseguido e em muitas outras falhado...
Falhou muito e a quem mais dei de mim, dei sangue, corpo, vida, alegria, cuidados...e isso é uma ferida aberta que jamais sarará.
Nunca esperamos que a bofetada, o tabefe, o empurrão que nos faz cair estatelados, de costas e desamparados, em pleno chão, venha de quem mais amamos.
A ferida fica para todo o sempre...é chaga que nos dói e não tem cura, porque não podemos mudar escolhas que fizémos, mudar o passado, ansiar por remédios para o futuro.
Acaamos morrendo dentro de nós, se não soubermos ultrapassar tudo isso, e vivermos o agora.
Só este momento interessa, podemos sempre tomar novas decisões. Fazer mais e melhor.
E quando aqueles a quem demos tudo, por quem dormimos três horas por noite e trabalhámos 18 horas por dia, fora e dentro de casa, por quem sofremos os horrores das dores de dar vida, então, temos pena.
Fizemos o melhor que soubemos demos o melhor de nós, e se não fomos perfeitos, foi porque nós próprios fomos sobreviventes de tantas situações que eles nem julgam possíveis.
E o importante é e será, o sermos melhores a cada dia e tentarmos ser mais felizes.
Lamentando que a harmonia não seja possível, temos de viver com o resultado das nossas escolhas, com o caminho que escolhemos e sermos fortes para continuar e que a nossa vida seja longa e simples, que o universo nos bafeje com algumas pequenas alegrias.
Afinal, há sempre quem esteja pior, há sempre quem sofra mais, quem tenha menos, tantos que vivem na mais absoluta solidão.
Alguns de vocês que me acompanham há muito, eu tenho de agradecer, mesmo ao mutismo de alguns ou na prazenteria de outros e das mensagens de apoio de poucos, lá tenho conseguido ir vivendo e ganhando vontade de fazer coisas.
Sou dona de alguma criatividade , mas a vontade e a parceria faltam...aguardo pacientemente os anos que ainda faltam, para poder ter o meu marido como companhia e criar quem sabe, outra forma de ganhar a vida, mesmo que tardia ( nunca é tarde). Tenho muitas ideias, mas muito medo de arriscar...o dinheiro faz sempre falta.
Por isso sempre dou ideias para poupar, ideias para aproveitar o que se tem e dar uma nova cara às coisas, criando sempre uma ilusão do novo, porque nós precisamos.
A pedido da minha família, não partilho o que faço aqui em casa, não se sentem à vontade, mas disfarçadamente tenho colocado aqui coisas que faço, sem as colocar como minhas,para não ferir a privacidade de quem comigo vive.
Quem sou eu ? Uma entre milhões de mulheres que lutam por ter dar uma vida melhor às suas famílias, ultrapassando tudo e todos.
A vida não é um conto de fadas, não são apenas os empregos que nos lixam a vida...são os furos que existem no nosso barco, que aqui e ali vai metendo água.
Damos liberdade de escolha aos filhos e quando crescem, são mais conservadores do que os nossos tetra-avós...a própria família tem invejas do que somos, do que nos acompanha na alma, do que somos enquanto seres humanos.
Por isso costumo dizer que parte da minha família, são os amigos, mesmo que não carregando os mesmos genes, todos os que partilham comigo ideias, anseios, que me vêm ler, mesmo em posts mais chatos como este, vocês e outros como vocês, noutros locais, noutras redes, noutros meios de comunicação, por
que hoje, todos somos cidadãos virtuais e globais e todos somos família.
Mais uma vez, obrigada por serem meus amigos!!
Partilho convosco, o que vejo neste momento, da janela do escritório onde estou...um dia lindo lá fora. Azul, verde e cheio de sol. É isso que quero partilhar convosco.
Vocês sabem que posso ver nas estatísticas os posts que são mais bem recebidos. Mas também sei que o blog sendo o meu meio de comunicação convosco e com o mundo, partilhando as minhas ideias e assimilando outras que me interessam, é na verdade, a minha visão e o que mostro do que mais me interessa.
Quem segue o blog e este momento são 114 seguidores, sabem que este blog, foi criado, a par de outros que tive, noutras plataformas como a do Sapo, e que entretanto fechei, porque na altura fiquei sem trabalho e numa depressão profunda.
À parte o meu companheiro de vida (fará em 31 deste mês 43 anos que estamos casados, e em 25 de Setembro 44 anos que estamos juntos), ninguém na minha família me ajudou a suplantar o trauma que é ficar sem trabalho.
Fiquei muito doente, especialmente da alma...ao fim de quase 34 anos de trabalho, com alguns intervalos, e de ter trabalhado e criado cinco filhos, sempre a trabalhar e ajudando com o meu esforço, dentro e fora de casa, à economia da família, foi precisamente com a ajuda do meu marido e deste e de outros blogs, como referi, que me trouxeram de volta à vida, ao ânimo e vontade de fazer coisas.
Volvidos mais de seis anos desta situação, de altos e baixos, de vontade de virar o mundo do avesso e de outras em que não me apetece sequer sair do meu pijama e numa fossa tremenda, lá estou a pouco e pouco, saindo da toca, nome que dei à fossa onde caí por tristeza e desespero, a maldita depressão.
Na verdade, eu nunca fui triste, mas sempre fui melancólica. Percebem a diferença??
Mas depressão é algo mais, bem mais profundo, que deixa feridas profundas e nunca mais voltamos a ser iguais. A vida falhou-me em muitas ocasiões. dizem que coloquei a fasquia muito alta, e o salto umas vezes foi conseguido e em muitas outras falhado...
Falhou muito e a quem mais dei de mim, dei sangue, corpo, vida, alegria, cuidados...e isso é uma ferida aberta que jamais sarará.
Nunca esperamos que a bofetada, o tabefe, o empurrão que nos faz cair estatelados, de costas e desamparados, em pleno chão, venha de quem mais amamos.
A ferida fica para todo o sempre...é chaga que nos dói e não tem cura, porque não podemos mudar escolhas que fizémos, mudar o passado, ansiar por remédios para o futuro.
Acaamos morrendo dentro de nós, se não soubermos ultrapassar tudo isso, e vivermos o agora.
Só este momento interessa, podemos sempre tomar novas decisões. Fazer mais e melhor.
E quando aqueles a quem demos tudo, por quem dormimos três horas por noite e trabalhámos 18 horas por dia, fora e dentro de casa, por quem sofremos os horrores das dores de dar vida, então, temos pena.
Fizemos o melhor que soubemos demos o melhor de nós, e se não fomos perfeitos, foi porque nós próprios fomos sobreviventes de tantas situações que eles nem julgam possíveis.
E o importante é e será, o sermos melhores a cada dia e tentarmos ser mais felizes.
Lamentando que a harmonia não seja possível, temos de viver com o resultado das nossas escolhas, com o caminho que escolhemos e sermos fortes para continuar e que a nossa vida seja longa e simples, que o universo nos bafeje com algumas pequenas alegrias.
Afinal, há sempre quem esteja pior, há sempre quem sofra mais, quem tenha menos, tantos que vivem na mais absoluta solidão.
Alguns de vocês que me acompanham há muito, eu tenho de agradecer, mesmo ao mutismo de alguns ou na prazenteria de outros e das mensagens de apoio de poucos, lá tenho conseguido ir vivendo e ganhando vontade de fazer coisas.
Sou dona de alguma criatividade , mas a vontade e a parceria faltam...aguardo pacientemente os anos que ainda faltam, para poder ter o meu marido como companhia e criar quem sabe, outra forma de ganhar a vida, mesmo que tardia ( nunca é tarde). Tenho muitas ideias, mas muito medo de arriscar...o dinheiro faz sempre falta.
Por isso sempre dou ideias para poupar, ideias para aproveitar o que se tem e dar uma nova cara às coisas, criando sempre uma ilusão do novo, porque nós precisamos.
A pedido da minha família, não partilho o que faço aqui em casa, não se sentem à vontade, mas disfarçadamente tenho colocado aqui coisas que faço, sem as colocar como minhas,para não ferir a privacidade de quem comigo vive.
Quem sou eu ? Uma entre milhões de mulheres que lutam por ter dar uma vida melhor às suas famílias, ultrapassando tudo e todos.
A vida não é um conto de fadas, não são apenas os empregos que nos lixam a vida...são os furos que existem no nosso barco, que aqui e ali vai metendo água.
Damos liberdade de escolha aos filhos e quando crescem, são mais conservadores do que os nossos tetra-avós...a própria família tem invejas do que somos, do que nos acompanha na alma, do que somos enquanto seres humanos.
Por isso costumo dizer que parte da minha família, são os amigos, mesmo que não carregando os mesmos genes, todos os que partilham comigo ideias, anseios, que me vêm ler, mesmo em posts mais chatos como este, vocês e outros como vocês, noutros locais, noutras redes, noutros meios de comunicação, por
que hoje, todos somos cidadãos virtuais e globais e todos somos família.
Mais uma vez, obrigada por serem meus amigos!!
Partilho convosco, o que vejo neste momento, da janela do escritório onde estou...um dia lindo lá fora. Azul, verde e cheio de sol. É isso que quero partilhar convosco.
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